No calor do nosso quarto
Um momento de espanto
Interrompe o afago
Evitamos o pranto
As vezes o amor é sátiro
E dói como a dor do parto
É como se queimasse
Como ferida que se abrisse
Tornando-nos um só
Ao desatar dos nós existentes entre nós
Parece haver cola o meu corpo no teu
Deixo de ser livre pra poder ser seu
Amo a liberdade que por você eu renuncio
Odeio a mentira e por você eu denuncio
Sendo minha, serei teu, apenas você e eu
Agora, no quarto, o silêncio...
Dentro de mim um barulho imenso
Relaxo, nem um pouco tenso
O amor? denso?
Só deixo acontecer, eu não invento.
Apenas abrimos; o nosso corpo
Apenas sentimos; o nosso gosto
Apenas vivemos; mais um pouco
Que sejamos sempre dois, em um só corpo.
Sentir a tua pele como pétalas
Deixar-te brilhar como um estrela
Ver-te nua como a lua
Querer-te livre como borboleta
O nosso amor, nos traz beleza
Serás a minha alteza
No reino de tua singeleza
No berço da tua pureza
Sou teu súdito e meu amor é lúcido.
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