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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

AO ROMPER A NOITE


Abre-se mais uma noite e já sei como ela se fechará
Todas as noites têm sido a mesma noite
Eu sozinho a procurar, a esperar...
A esperar pelo que não vem; pelo que não tem.
Perco-me no vazio que encontro e não procuro preencher
Mais uma noite acabará e o vazio continuará
Mas, hoje sou tão maduro a ponto de me conter


Já não falo a mesma língua que antes
Não mais pronuncio as mesmas palavras
Não mais habito o mesmo espaço,
Já não sigo os mesmos passos
Já não moro na mesma rua, já não olho pra lua.
Já não tenho amigos como dantes


Já não frequento bares também, não tenho encontros pares.
Já não preencho o copo com uma dose
A dose da vida já me basta, já me farta.
Já não sento frente ao balcão, pois, não mais alimento minha ilusão.
Sinto que o que procuro não encontrarei nos bares
E, nem mesmo em um dos sete mares.


Procuro quem fale a mesma língua
Quem frequenta os mesmos lugares
Quem navegue os sete mares a procura de pares
Quem já tomou da dose e hoje foge
E, não mais possui dilemas
Quem abre a noite com palavras
E a fecha com poemas

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